Antártida
Denominação dada ao continente gelado. Esta forma – Antártida – é preferível à outra (“Antártica”). Reserve o vocábulo “antártica” para o adjetivo, e não para o substantivo designativo do continente. Exemplo:
a) Se que me referir às aves do continente, posso falar “aves antárticas”. Da mesma forma “geleiras antárticas”, “baleias antárticas”.
b) Se quero me referir ao continente, devo usar “Antártida”. Exemplo:
“Buraco de ozônio cresce na Antártida.”(Jornal do Brasil, 03-11-1994. apud. Cegalla, 1999, p.27)
“Na Antártida, há muitas forças grande em jogo: clima, frio, mar, etc.” (Amir Klink)
Observação: não confunda o continente (Antártida) e o adjetivo (antártica) com a cerveja, cujo nome é “Antarctica” (com –c).
Apócrifos
Apócrifo ou Anônimo: o vocábulo “anônimo” quer dizer sem nome de autor, sem autoria. Por outro lado, “apócrifo” significa algo com autoria, mas sem autenticidade. É o caso dos “evangelhos apócrifos” (Evangelhos de São Pedro, Evangelho de São Tomé). Os autores são identificados, mas não há autenticidade.
Espécime
Espécime é substantivo masculino. Não existe forma no feminino, embora muitos artigos jornalísticos insistam na erronia. A forma variante “espécimen” (plural “espécimens”) é admitida pelo VOLP, também no gênero masculino.
Lêvedo
Segundo o VOLP, diferentemente dos dicionaristas, que se apresentam demasiado contraditório, o vocábulo “lêvedo” (proparoxítono) é adjetivo (= massa lêveda), enquanto “levedo” (paroxítono) é substantivo. Dessa forma, devemos usar “lêvedo” para “fermentado” ou “levedado”, enquanto “levedo” usaremos par o próprio “fermento”, “levedura” ou “cogumelo”, em total consonância com a pronúncia popular do Brasil. Todavia, há gramáticos de nomeada, aos quais fazem coro alguns dicionaristas, que abonam a forma “lêvedo” para o substantivo, criando-se o conhecido, “lêvedo de cerveja”, em vez de “levedo de cerveja”, como estamos a preconizar no presente trabalho.
Assim, não obstante as divergências, recomendamos:
Pão lêvedo – Massa lêveda – Levedo de cerveja – Levedura de cerveja.
Óculos
Há substantivos que devem ser escritos no plural. São eles:
Os óculos, os parabéns, as felicitações, os cumprimentos, as saudações, os pêsames, as condolências, as olheiras (a forma “olheira” é admitida pelo VOLP 2004 e Housaiss), as cócegas, os afazeres, as custas, as férias as núpcias, os antolhos, os arredores, as cãs, as exéquias, as fezes, os víveres, os lêmures (= fantasmas), as alvíssaras, os anais, as arras, as belas-artes, as calendas, as esponsais, os fastos, as matinas, as primícias, as copas (naipe), as espadas (naipe), os ouros (naipe) e os paus (naipe), as efemérides, as endoenças, os escombros, os idos, as primícias, entre outros.
Palíndromo
São palavras, frases ou números que, se idos da esquerda pra direita ou da direita para esquerda, mantêm o sentido literal, ficam idênticos. Exemplos: “Ana” é vocábulo bivalente e exemplo de palíndromo, uma vez que as três letras formam a palavras “Ana”, se unidas da esquerda pra direita ou vice-versa. O mesmo ocorre com “Amor e Roma”. Tente você mesmo! Não é interessante?
Agora se divirta com o rol privilegiado de palíndromos em nosso idioma:
Irene ri.
A diva em Argel alegra-me a vida.
1001
11
“Tucano na Cut” (Livro de Rômulo Pinheiro, acerca do assunto)
Socorram-me, subi no ônibus em Marrocos.
Fonte: SABBAG, Eduardo de Moraes. Redação forense e elementos da gramática. 3ª Ed. São Paulo: Premier Máxima, 2009. p. 221.
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