domingo, 1 de maio de 2011

Dicas - POR (Pronúncia)

Seja e Esteja
(Pronúncia: seja ou esteja; não existe "esteje")


Situação: Seja obediente! Não me faça perder a paciência!

Comentário: As formas verbas "seja" e "esteja" fazem parte do tempo presente do modo subjuntivo dos verbos "ser" e "estar". Cuidado para não cometer um erro de ortoepia ao pronunciar "esteje", em vez de "esteja". Muito menos a forma sincopada "teje". Não se podem tolerer os tais "seje", "esteje" ou "teje" - "pragas" que se espalham sem controle. Não se deixe contaminar, pois pode pagar alto preço pelo "tropeço". Não é tão difícil enfrentar a conjugação do verbo "ser", nesse tempo. Vejamos: que eu seja, que tu sejas, ele seja, nós sejamos, vós sejais, eles sejam. O mesmo para o verbo "estar", como se nota: que eu esteja, que tu estejas, ele esteja, nós estejamos, vós estejais, eles estejam.

É oportuno mencionar que o advérbio "talvez", quando vem antes do verbo, exige o modo subjuntivo. Exemplos: Talvez seja oportuno frisar...; Talvez nasça parecido com o pai; Talvez esteja em casa...

Não consigo esquecer uma história real, que me contaram, acerca de uma criança que, ao ser repreendida pela mãe, com um sonoro "Seja obediente! Não me faça perder a paciência!", respondeu, cabisbaixa: "sejo!"
Conta-se que a mãe fico histérica, em face da duplicidade de problemas: o que lhe estava por causar a perda da paciência e, agora, o "erro" da criança, a ser enfrentado.

Enfatize que a criança segue uma lógica diferente, raciocinando por associações; assim, na verdade, ele está sendo inteligente, na medida em que a resposta ao verbo "veja" é "vejo", o que a leva a crer que "sejo" é a forma correta. Essa é a razão pea qual os especialistas afirmam que, do ponto de vista linguístico, a criança "pensa diferente", não cometendo "erros condenáveis", já que suas analogias - pertinentes, de certa forma - fazem parte do processo de aprendizagem. E como não somos crianças...


Fonte: Eduardo de Moraes, SABBAG. Redação forense e elementos da gramática. 3º ed. São Paulo: Premier Máxima, 2009. p. 103