domingo, 16 de janeiro de 2011

Dicas - POR (Certo X Errado)

Note as dicas de memorização abaixo descritas:

Errado: A malcriação da menina era tamanha...
Certo: A má-criação da menina era tamanha...

Os substantivos femininos "má-criação" e "má-formação" devem assim grafados. É necessário ter muita cautela com as formas condenáveis, escritas sem hífen: "malcriação" ou "malformação". Esta última, todavia, encontra guarida no VOLP, o que não nos autoriza rechaçá-la por completo. Portanto, podemos abolir a condenável forma "malcriação" e tolerar "malformação" (prefira "má-formação").

Em regra, usa-se "mal", como advérbio, quando acompanha adjetivos e verbos. Exemplos: malcriado, mal-educado, malquerer, maldizer, mal-estar (plural mal-estares) etc.

Por outro lado, usa-se "mau" ou "má", com adjetivos, quando acompanham substantivos. Exemplos: má-criação, má-formação, má-oclusão, mau-caráter, etc.

Ressalte-se que a forma plural dos substantivos ora estudados é "más-criações" e "más-formações".


Errado: O filho puxa o pai.
Certo: O filho puxa ao pai.

O verbo "puxar", no sentido de herdar as características físicas e morais, é transitivo direto, requerendo a preposição "a". Exemplos:

A jovem puxou ao pai.
A menina puxou à mãe.
À mãe puxaram os gêmeos; o pai, o mais velho.

O mesmo fenômeno linguístico ocorre com a expressão idiomática "sair a alguém", no sentido de ser igual a um ascendente nas feições ou temperamento. Escreve-se:

A filha saiu à mãe.
Os netos haviam saído ao avô.


Errado: Ela é a relações públicas da firma.
Certo: Ela é a relações-públicas da firma.

Na acepção de profissional que trabalha no setor de relações públicas, grafa-se com hífen: o relações-públicas, para homem; a relações-públicas, para mulher. Note-se que há a forma, sem hífen, no sentido de conjunto de processos e atividades que objetivam otimizar o relacionamento entre as empresas e o público destinatário dos serviços prestados. Exemplo:

Na empresa contratada, os serviços de relações públicas destacavam-se pela eficiência e presteza.


Errado: Produto do Estado do Mato Grosso.
Certo: Produto do Estado de Mato Grosso.

Com relação aos Estados Brasileiros, deve-se prestar demasiada atenção à utilização dos artigos. A maioria dos Estados exige o artigo: o Acre, o Amazonas, a Bahia, o Ceará, o Espírito Santo, o Maranhão, o Pará, a Paraíba, o Paraná, o Piauí, o Rio de Janeiro, o Rio Grande do Norte e o Rio Grande do Sul.

Não se usam, porém, com artigo:
Alagoas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

Comprei doces de Mato Grosso (e não "do" Mato Grosso).
Quando voltei de Mato Grosso do Sul, trouxe de Dourados vários presentes (e não "do" Mato Grosso do Sul).
Ele veio de Alagoas (e não "das" Alagoas).


Fonte: SABBAG, Eduardo de Moraes. Redação forense e elementos da gramática. 3ª ed. São Paulo: Premier Máxima, 2009. p. 320-321. 

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